quarta-feira, 24 de agosto de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tecnologia Assistiva - Sobre Objetos de Aprendizagem

PODCast em Português Claro

PODCASTS FUNCIONAM PARA OS ARQUIVOS DE ÁUDIO COMO O YOUTUBE 
FUNCIONA PARA OS ARQUIVOS DE VÍDEO.

O PLAYER DE ÁUDIO É ANEXADO À PÁGINA PARA TOCAR ONLINE, SEM NECESSARIAMENTE BAIXAR O ARQUIVO.

É O RECURSO USADO PARA LHE OFERECER ALGUNS EPISÓDIOS DE PROGRAMAS DE RÁDIO ,POR EXEMPLO.












O que é podcast?

MPB nas escolas...

História da MPB chega às salas de aula 
das escolas estaduais
Objetivando atender à lei federal nº 9394/96 ,que em seu artigo 26 obriga o ensino de música na educação básica, as escolas estaduais começam a ensinar aos jovens a história da Música Popular Brasileira (MPB).

 As aulas seguem a metodologia do projeto MPB nas Escolas, do Instituto Cultural Cravo Albin.

Todas as escolas estaduais receberam um KIT contendo vasto material que facilita a prática dos educadores,trabalhando o ensino da música brasileira de forma transversal.   

                                                           KIT "MPB nas escolas" :
  •  Pasta didática, contendo um CD com gravações históricas e cartazes que remetem aos seguintes segmentos estrategicamente estudados pelo ICCA como o melhor maneira, do ponto de vista didático, de transmitir a história da mpb e sua importância na formação cultural do Brasil:
         Cronologia da MPB;
         A sedução do choro;
         O samba dos bambas;
         A diversidade do regional;
         Os 50 anos da bossa nova;
         Febre dos festivais: debate sobre MPB.
  • Seis livretos ilustrados contendo o desenvolvimento das informações históricas (abordados nos seis cartazes/posters acima) em linguagem adaptada aos jovens, bem como os principais verbetes individualizados, de cada um desses “segmentos estratégicos” da história da MPB. Cada livreto tem em torno de 50 a 60 páginas.
1- A formação da MPB
2- O Choro
3- O Samba
4- A Bossa Nova
5- Os festivais
6- A Música Sertaneja
  • Seis DVDs – curtas metragens com cerca de 15 a 20 minutos cada um – material contendo histórico de cada um dos nossos seis “segmentos estratégicos” acima expostos. Cada DVD é estruturado em forma de aula prática, com interferência direta de especialistas notórios na matéria.

O projeto MPB nas Escolas está ajudando a rede estadual a se preparar para o cumprimento da lei 11.769, de 2008. 

Lei nº 11.769, de 18 de Agosto de 2008
 Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação,para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

     Art. 1º O art. 26 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do seguinte § 6º:
"Art. 26. ................................................................................... .................................................................................................

§ 6º A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2º deste artigo." (NR)
     Art. 2º ( VETADO)
     Art. 3º Os sistemas de ensino terão 3 (três) anos letivos para se adaptarem às exigências estabelecidas nos arts. 1º e 2º desta Lei.

     Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 18 de agosto de 2008; 187º da Independência e 120º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad

Publicação:
Diário Oficial da União - Seção 1 - 19/08/2008 , Página 1 (Publicação Original) 


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quadrinhos em sala de aula

COMO UTILIZAR OS QUADRINHOS EM SALA DE AULA 

A tira de Adão Iturrusgarai foi tema de uma das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado no fim de 2009. Os organizadores da prova propunham este enunciado aos estudantes: “Os quadrinhos exemplificam que as Histórias em Quadrinhos constituem um gênero textual...”. Cabia aos alunos indicar uma das cinco alternativas seguintes. A correta era a letra d, “que possui em seu texto características próximas a uma conversação face a face, como pode ser percebido no segundo quadrinho”.
O teste do Enem traz uma série de pressupostos: 1) quadrinhos configurariam um gênero textual; 2) tal gênero teria na representação do diálogo face a face uma de suas características;
3) Há necessidade de familiaridade, mesmo que mínima, com os elementos desse gênero para poder compreendê-lo. Há ainda um quarto pressuposto, não menos relevante: os quadrinhos integram o conteúdo programático da prova e, por consequência, também do Ensino Médio, alvo de quem resolve o exame.

Leia a reportagem completa na revista appai,clicando no quadrinho.

Enem – 2009 (oficial) – As histórias em quadrinhos como gênero textual

Os quadrinhos exemplificam que as Histórias em Quadrinhos constituem um gênero textual.

A TECNOLOGIA FUNCIONA NA ESCOLA?

Do computador à lousa digital, pesquisas inéditas mostram quando e como a tecnologia realmente funciona na escola


Leia a reportagem completa:

CINCO PRÁTICAS QUE AJUDAM A TECNOLOGIA A ENSINAR :

1. Saber para que usar a tecnologia
A tecnologia precisa ser usada com um propósito. A professora Leika, da Graded School, planejou a aula descrita no começo desta reportagem porque queria que os alunos aprendessem na prática a teoria que ela tinha ensinado, do jeito tradicional, na aula anterior. “Planejei em casa e pesquisei as melhores fontes para que isso acontecesse”, diz. Na sala de aula, quem domina a estratégia é o professor, mas também é decisão da escola, ou até de uma rede inteira, como usar determinada tecnologia.

Em segundo lugar, o conteúdo tecnológico deve ser complementar ao transmitido da forma tradicional. “Não adianta dar para o aluno ler no computador o mesmo texto que ele leria no livro didático ou na apostila. Isso não o fará aprender mais ou melhor”, afirma Marcos Telles, diretor da Dynamic Lab, uma empresa de tecnologia de educação.

Essa integração entre a tecnologia e o conteúdo das aulas é o maior desafio das escolas. As escolas municipais de Matinhos, no Paraná, tinham uma demanda específica: melhorar as notas de português e matemática de todos os 3 mil alunos da rede, com equidade. Foram atrás de um software educacional feito sob medida para isso. No computador, o aluno faz atividades interativas e evolui para as mais difíceis, de acordo com seu ritmo de aprendizado. “Alunos aprendem de jeitos diferentes e, no ensino tradicional, os que estão para trás acabam fadados ao fracasso por não receber acompanhamento adequado”, afirma Betina von Staa, pesquisadora da Positivo Informática, que faz os softwares educativos. Marcos Vinicyus de Oliveira, de 7 anos, poderia ter sido um deles. Em 2010, estava no 2º ano e ainda não conseguia ler nem cumprir tarefas mais simples, como copiar a lição da lousa. “Agora consigo juntar as letras no computador”, diz. Marcos aprendeu a ler e a escrever depois de começar a usar o programa.

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2. Transformar o jeito de dar aula
Para usar qualquer tecnologia, da câmera digital ao computador, é preciso abandonar a geografia tradicional da sala de aula, aquela que coloca o professor na frente do quadro e os alunos enfileirados anotando tudo. Uma das tecnologias mais antigas em prática nas escolas brasileiras e que dá certo é a robótica. Ela reforça a ideia de ensinar de forma diferente: são aulas em que os alunos, sempre em grupo, precisam executar um projeto: programar e montar um robô. “Aprendi a trabalhar em equipe e a prestar atenção em pequenos detalhes”, diz César Henrique Braga. Ele acabara de terminar seu primeiro robô, um jipe lunar, com outros três colegas do 6º ano do colégio COC Vila Yara, em Osasco, São Paulo. “O aluno precisa aprender a usar o conhecimento para criar”, diz Paulo Blikstein, professor da Escola de Educação da Universidade Stanford.

Blikstein ensina professores da rede pública dos Estados Unidos a ensinar em ambientes com tecnologia. Para ele, a vocação da tecnologia é ajudar no ensino por projetos. Essa estratégia parte dos conteúdos do currículo tradicional, como escrita e matemática, para desafiar os alunos a executar tarefas criativas, como fazer um filme. E essas habilidades dificilmente são ensinadas nas aulas tradicionais.

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3. Mudar a relação entre professor e aluno
Segundo Blikstein, um dos maiores desafios na hora de usar tecnologia é mudar a prática e a mentalidade dos professores. Isso aconteceu no início do projeto em Hortolândia, estudado pela Unesco. Ele foi elaborado e executado por especialistas em educação da fabricante de computadores Dell e da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. O objetivo era melhorar o aprendizado de português e matemática de 5.500 alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental e 1º e 2º ano do ensino médio, de 23 escolas estaduais. As salas de aula ganharam um computador por aluno e lousa digital, com material didático digital desenvolvido por educadores da Universidade de São Paulo (USP).

Foi preciso um ajuste de cara. As aulas não estavam durando o tempo planejado. O material fora criado para aulas de 50 minutos. Mas elas acabavam em apenas 20. Isso porque os professores usavam a lousa digital como se fosse um quadro-negro tradicional. “Eles não davam espaço para os alunos interagirem com a lousa”, diz Ricardo Menezes, diretor da área de educação da Dell para o Brasil.

A prática do professor também está ligada a sua relação com o aluno e a seu domínio sobre a classe. A concentração dos alunos na aula é um dos fatores mais determinantes para que eles de fato aprendam. Várias pesquisas e estudos já foram feitos sobre isso, mas não existe uma fórmula mágica que garanta que garotos se interessem mais por cálculos de raiz quadrada do que por bater papo com um colega. Mas alguns especialistas dizem e pesquisas demonstram que, usada da maneira correta, a tecnologia pode sim ajudar a prender a atenção. “Como é uma linguagem que o aluno conhece, o professor se aproxima com mais facilidade”, diz Maria Elizabeth Almeida, professora do programa de pós-graduação em educação curricular da PUC de São Paulo.

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4. Formar e treinar os professores
No Brasil e no mundo, a maioria dos professores ainda não consegue justificar o uso da tecnologia na classe. “Eles não têm a formação adequada para isso”, diz Weston, da Dell. Não por acaso, o projeto de Hortolândia foi executado pela Escola de Formação de Professores do Estado de São Paulo. “Não adianta colocar tecnologia na escola sem dar a formação adequada aos professores”, diz Vera Cabral, diretora da escola. O próximo passo é levar o projeto para toda a rede e treinar professores em grande escala.

Há duas maneiras de fazer a formação dos professores. A primeira é colocar os formadores, monitores especializados na tecnologia e no conteúdo, dentro das salas de aula, como fez um projeto conjunto do Estado do Piauí, do município de José de Freitas, e da Positivo. Francisca das Chagas Lopes da Silva dá aula no 4º ano de uma escola estadual da cidade. Formada em pedagogia, ela não sabia como fazer o planejamento diário de suas aulas, nem aprendeu na faculdade a avaliar seus alunos de outra forma a não ser as tradicionais provas bimestrais. Ao participar do projeto, Francisca passou a dar aulas acompanhada por monitores. O planejamento das atividades fazia parte do treinamento, assim como fazer o registro de tudo o que acontecia em classe para avaliar melhor o desenvolvimento dos alunos. “Aprendi a ensinar usando a tecnologia, mas também aprendi a planejar. Se eu for planejar uma aula qualquer, do jeito tradicional, farei isso melhor do que antes”, diz.

A segunda estratégia para formar os professores é mais comum nas escolas particulares. Ali, a formação acontece mais por iniciativa de cada professor do que em cursos oferecidos pelos gestores. No Beit Yaacov, colégio particular de São Paulo, a estratégia adotada foi deixar a cargo dos professores quando e qual tecnologia usar. Os profissionais são estimulados a pesquisar por conta própria novas tecnologias e as maneiras de usá-las, inclusive no ensino infantil. A partir da experiência de cada um, o que dá certo é adotado pelo resto da escola e o que deu errado é aperfeiçoado. “Sem o envolvimento de todos os professores, não há como criar e fortalecer uma cultura digital dentro da escola”, afirma Silvana Del Vecchio, coordenadora de tecnologia do colégio.

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5. Reformar a cultura da escola
Nem a tecnologia mais avançada conseguiu ainda o feito de mudar a cultura escolar. Mas uma escola pública de Nova York resolveu tentar. A Quest to Learn foi criada pela designer de games Katie Salen, que escreveu vários livros sobre o uso de jogos na educação. Os alunos aprendem o conteúdo curricular criando e jogando videogames. Em funcionamento há um ano e meio, a escola foi moldada sob conceitos muito diferentes: os alunos não passam de ano, mas de fase – como nos jogos –, e não ganham notas, mas classificações de acordo com sua habilidade. “Acreditamos que aprender a programar e a lidar com mídias serão habilidades centrais para que os jovens se expressem e sejam competitivos ao entrar na universidade e no mercado de trabalho”, diz Katie.

A cultura do ensino pela tecnologia está na prática diária dos professores da Quest to Learn. “Eles são treinados para criar experiências nas quais os alunos possam aprender fazendo, tentar soluções e dividir o conhecimento”, diz Katie. Até agora, os alunos da escola não mostraram notas melhores nos testes tradicionais, que não medem as tais “habilidades do futuro”. Se derem certo, porém, experiências como essa podem e devem ser usadas como alternativas para melhorar o ensino para todos.

ACESSO AO MATERIAL PROINFO

Introdução à Educação Digital (40h):   




                                           
Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo 
com as TIC (100h) :



 Elaboração de Projetos (40h) :    


     
                                                

PROINFO INTEGRADO

ProInfo Integrado

Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional 
 
O que é?
O ProInfo Integrado é um programa de formação voltada para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais. 

CURSOS OFERECIDOS PELO NTE - CAMPOS DOS GOYTACAZES -RJ,ministrados por formadores locais.

Introdução à Educação Digital (40h): Curso básico para professores que não têm o domínio mínimo no manejo de computadores/internet. O objetivo deste curso é possibilitar aos professores e gestores escolares a utilização de recursos tecnológicos, tais como: processadores de texto, apresentações multimídia, recursos da Web para produções de trabalhos escritos/multimídia, pesquisa e análise de informações na Web, comunicação e interação (e-mail, lista de discussão, bate-papo, blogs). 

Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC (100h) :  
Visa oferecer subsídios teórico-metodológicos práticos para que os professores e gestores escolares possam: 
- compreender o potencial pedagógico de recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no ensino e na aprendizagem em suas escolas; 
- planejar estratégias de ensino e de aprendizagem, integrando recursos tecnológicos disponíveis e criando situações para a aprendizagem que levem os alunos à construção de conhecimento, ao trabalho colaborativo, à criatividade e resultem efetivamente num bom desempenho acadêmico. 
- utilizar as TIC nas estratégias docentes, promovendo situações de ensino que focalizem a aprendizagem dos alunos e resultem numa melhoria efetiva de seu desempenho. 

Elaboração de Projetos (40h) : Visa capacitar os professores e gestores escolares para que eles possam desenvolver projetos a serem utilizados na sala de aula junto aos alunos, integrando as tecnologias de educação existentes na escola. 

Além dos três cursos destacados,existe mais um curso oferecido diretamente pelo MEC. 

Curso Especialização de Tecnologias em Educação (400h) : 
- A proposta principal do curso tecnologias em educação é propiciar a formadores/multiplicadores dos programas ProInfo Integrado, TV Escola, Mídias na Educação, Formação pela Escola e Proinfantil e a professores efetivos da rede pública de ensino e gestores escolares especialização, atualização e aprofundamento nos princípios da integração de mídias e a reconstrução da prática político-pedagógica. Esses objetivos gerais podem ser desdobrados nos principais objetivos específicos: 
- Desenvolver competências que permitam orientar, produzir, capacitar e apoiar o uso/aplicação político-pedagógica das tecnologias de informação e comunicação nos sistemas escolares das diversas unidades da Federação; 
- Possibilitar a tomada de consciência para compreender as várias dimensões do uso pedagógico das novas mídias e tecnologias, favorecendo a reconstrução das práticas educativas, tendo em vista o contexto da sociedade em constante mudança e uma nova visão epistemológica envolvida nos processos de conhecimento; - Planejar e executar ações a partir de uma ótica transformadora viabilizando a articulação entre o projeto político-pedagógico, as atividades de gestão e a prática educativa mediada por tecnologias. 

Quem pode participar? 
Professores e gestores das escolas públicas contempladas ou não com laboratórios de informática pelo ProInfo, técnicos e outros agentes educacionais dos sistemas de ensino responsáveis pelas escolas. 

 Como participar?
Professores interessados podem procurar o NTE que fica localizado no LICEU DE HUMANIDADES DE CAMPOS - tel : 2722 6266

UBUNTU

UBUNTU
A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar
os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo
até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade,essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"

Atente para o detalhe: porque SOMOS, não porque temos...


UBUNTU
Existe uma palavra na língua portuguesa difícil de ser traduzida para outras línguas: SAUDADE.

Em vários países africanos, tem também uma bem maior em significado do que qualquer tradução: UBUNTU

É uma filosofia Africana que existe em vários países da África, que foca nas alianças e relacionamentos das pessoas umas com as outras.
A palavra vem das línguas dos povos Banto, na África do Sul nas línguas Zulu e Xhosa.
Ubuntu é tido como um conceito tradicional africano.
Uma tentativa de tradução para a Língua Portuguesa poderia ser "humanidade para com os outros". Uma outra tradução poderia ser "a crença no compartilhamento que conecta toda a humanidade".

O prêmio Nobel da Paz, o bispo sul-africano Desmond Tutu, uma vez explicou:
“Ubuntu é a essência do ser humano.
Você não pode viver isoladamente, você não pode ser humano se é só.
Uma pessoa com ubuntu está aberta e disponível aos outros, não-preocupada em julgar os outros como bons ou maus, e tem consciência de que faz parte de algo maior e que é tão diminuída quanto seus semelhantes que são diminuídos ou humilhados, torturados ou oprimidos.”
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Para outro Nobel da Paz, o ex-presidente Nelson Mandela:
Para ser feliz é preciso viver em coletividade, em harmonia com quem está a sua volta. Ou seja, tudo de bom que você pode sentir ou desejar a uma pessoa, os africanos resumiram em apenas seis letras."

Ubuntu é visto como um dos princípios fundamentais da nova república da África do Sul
(no Zimbabue por exemplo).
Ubuntu tem sido usado como forma de resistência à opressão existente no país, e está intimamente ligado à ideia de uma Renascença Africana.
Na esfera política, o conceito do Ubuntu é utilizado para enfatizar a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão, bem como na ética humanitária envolvida nessas decisões.

“O conceito do Ubuntu define um indivíduo em termos de seus relacionamentos com os outros, e enfatiza a importância do Ubuntu como um conceito religioso, assentando na máxima Zulu:
Umuntu ngumuntu ngabantu
(uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas),
que aparentemente não tem conotação religiosa na sociedade ocidental.
No contexto africano, isso sugere que o indivíduo se caracteriza pela humanidade com seus semelhantes e através da veneração aos seus ancestrais.
Assim, aqueles que compartilham do princípio do Ubuntu no decorrer de suas vidas continuarão em união com os vivos após a sua morte